O Homem que Coleciona Nuvens
Todo fim de tarde, Seu Orlando sobe no telhado com uma câmera antiga e fotografa o céu. Não publica, não revela, apenas guarda as fotos em caixas de sapato rotuladas com datas e emoções: “nuvem de saudade – 12/03/1998”, “cirrus de esperança – 07/11/2004”. Diz que quando morrer, quer ser cremado e ter as cinzas jogadas num dia de céu limpo, para finalmente fazer parte de uma nuvem que alguém, em algum lugar, vai querer colecionar.